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 NAUFRÁGIO MARÍTIMO
| NAUFRÁGIO ESPACIAL 

Ensaio

Este ensaio é uma apropriação da obra “Naufrágio com Espectador”, de Hans Blumenberg, pelo estabelecimento de paralelos entre a metáfora do naufrágio e as experiências das práticas artísticas e daquelas relacionadas à investigação acadêmica em artes. Na primeira parte do ensaio, “O grande marujo que sempre naufraga”, parto do mote “o que resta ao náufrago”, título do segundo capítulo do livro de Blumenberg, para discutir, de maneira geral, as aventuras e desventuras do artista/investigador diante dos riscos de fracasso, numa alegoria às odisseias marítimas da literatura universal. Já o segundo trecho do ensaio, “agora submerso em ondas eletromagnéticas”, é mais aplicado à pesquisa que eu, particularmente, venho desenvolvendo no doutoramento: o uso de tecnologias ditas de “inteligência artificial” para a criação de obras de arte generativas pela interação cibernética, entre humano e máquina. Neste capítulo faço uso de referências da cultura pop, nomeadamente obras de ficção científica que introduzem o elemento da IA nas narrativas heróicas contemporâneas.

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